segunda-feira, 14 de março de 2016

QUADRO POLÍTICO - ARGENTINA

MOMENTO POLITICO ATUAL DA ARGENTINA




Na Argentina, a eleição do presidente Mauricio Macri representa o fim de 12 anos de governos kirchneristas, inaugurados por Nestor Kirchner em 2003

Duas eleições no final de 2015 – a presidencial na Argentina e a parlamentar na Venezuela – marcam o fim de uma era nos dois países, governados há mais de uma década por um mesmo movimento político e quase sem oposição. 

Na Argentina, a eleição do presidente Mauricio Macri representa o fim de 12 anos de governos kirchneristas, inaugurados por Nestor Kirchner em 2003. Ele foi sucedido pela mulher, Cristina Kirchner – do mesmo Partido Justicialista (ou Peronista). Ela foi reeleita em 2011, um ano depois da morte do marido.
Na Venezuela, os chavistas estão no poder desde 1998, quando Hugo Chávez foi eleito presidente pela primeira vez. Antes de morrer de câncer, em 2013, ele fez seu sucessor, Nicolás Maduro. Mas no dia 6 de dezembro de 2015, pela primeira vez em 17 anos, o chavismo perdeu a maioria parlamentar. A oposição elegeu 112 dos 167 representantes (dois terços) da Assembleia Nacional, tendo poder para propor mudanças importantes, como a reforma da Constituição e a saída antecipada de Maduro, cujo mandato presidencial termina em 2019.
Tanto na Argentina, quanto na Venezuela a economia pesou no voto. Os Kirchner assumiram o poder quando o pais começava a superar à crise de 2001 – a mais séria da recente história, marcada pela recessão, uma queda de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e a moratória da divida externa. Mesmo sem acesso ao mercado financeiro internacional, entre 2003 até 2011, a economia argentina cresceu em media 8% ao ano – graças, em parte, a alta dos preços das commodities.

“A situação muda quando a China, grande compradora de commodities, para de crescer tanto e os preços dos produtos que exportávamos caem”, explicou o economista Fausto Spotorno. “Soma-se a isso o fato de o governo de Cristina Kirchner gastar mais do que tinha, produzindo um déficit fiscal.” Para evitar a saída de dólares do pais, em outubro de 2011, o governo limitou as operações cambiais, praticamente impossibilitando a compra de dólares (ou qualquer moeda) no mercado oficial.

Para os venezuelanos, o impacto da queda dos preços das commodities foi muito maior. Segundo o analista politico Jorge Castro, “a Venezuela foi o país do mundo mais afetado” pela redução do valor do barril de petróleo, porque “98% de seus recursos” provém da exportação desse produto.

“Com a queda do preço do petróleo, os venezuelanos perderam 60% de seu poder de compra e ficaram sem dinheiro, inclusive, para importar produtos da cesta básica”, disse Castro. “Além do desabastecimento, o país tem uma inflação anual de 140%”.
As longas filas nos supermercados e a falta de soluções do governo para problemas que afetam a maior parte da população, levaram muitos chavistas a votar na oposição. “Mas para enfrentar uma crise dessa dimensão, é necessário unir esforços, num país dividido”, disse o analista politico Roberto Bacman. “E o governo venezuelano, acostumado a controlar todas as instituições durante tanto tempo, não deu sinais de estar aberto a um diálogo com a oposição.”
Segundo Bacman, a Argentina enfrenta um desafio parecido: uma nova etapa na qual o presidente terá que dividir o poder com o Congresso. “A Argentina é um país de instituições fracas, mas com uma sociedade mobilizada”, explicou Castro. “O êxito do governo depende na sua capacidade de acertar o rumo nos primeiros meses que, nesse caso, significa fazer com que a economia volte a crescer depois de quatro anos de estancamento. 
O problema, segundo Spotorno, e que tanto num país, quanto no outro, não existem muitas alternativas: a conjuntura internacional é muito menos favorável e os ajustes, além de necessários, não podem mais ser adiados


ASPECTOS SÓCIOCULTURAIS - ARGENTINA

POPULAÇÃO

 


População: 43 milhões da habitantes (aproximadamente)

Grupos étnicos: europeus meridionais (principalmente espanhóis e italianos) 85%, eurameríndios 7%, ameríndios 0,4% e outros 7,6% (censo de 1996).

Línguas: espanhol (oficial).

Religiões: Católica Romana 92%, protestantes 2%, judeus 2%  e outras 4%

Estrutura etária: 

0 a 14 anos: 25,4% 
15 a 64 anos: 63,6% 
65 anos ou mais: 11%  (estimativa 2011)

Idade média da população: total: 30,5 anos / homens: 29,5 anos / mulheres: 31,6 anos (estimativa 2011)

Taxa de crescimento populacional: 1,017% por ano (estimativa 2011)

Taxa de natalidade: 17,54 nascimentos por 1000 habitantes (estimativa 2011)

Taxa de mortalidade: 7,38 mortes por 1000 habitantes (estimativa 2011)

Taxa de mortalidade infantil: 10,81 mortes por 1000 nascidos vivos (estimativa 2011)

Taxa de migração: 0 por 1000 habitantes (estimativa 2011)

Urbanização: 92% da população total (ano de 2011)

Expectativa de vida: 76,95 anos (estimativa 2011)

Taxa de fecundidade: 2,31 filhos por mulher (estimativa 2011)

Índice de Alfabetização: 97,2% da população (Censo 2001)


CULTURA



A Argentina oferece uma grande variedade de atividades culturais que se refletem em diferentes expressões artísticas, como o teatro, a pintura, a escultura, a música e a literatura. Além disso, mantém a tradição das suas danças e músicas típicas, como o Tango em Buenos Aires e o folclore no interior do país.

Buenos Aires é uma das grandes capitais do teatro. O Teatro Colón é um ponto de referência nacional para os espetáculos de ópera e música clássica. Construído em finais do século XIX, a sua acústica é considerada a melhor do mundo. Por outro lado, graças à sua cena teatral de calibre nacional e internacional, a avenida Corrientes é sinónimo de arte. É considerada "a rua que nunca dorme" e, por vezes, conhecida como a Broadway de Buenos Aires.

Na literatura, a Argentina destaca-se pela qualidade dos seus escritores, que, em muitos casos, se posicionaram como referências da literatura latino-americana. É o exemplo de Jorge Luis Borges, talvez o escritor mais reconhecido da América Latina. Alguns dos outros grandes escritores da Argentina são os seguintes: Juan Bautista Alberdi, Roberto Arlt, Enrique Banchs, Adolfo Bioy Casares, Silvina Bullrich, Eugenio Cambaceres, Julio Cortázar, Esteban Echeverría, Leopoldo Lugones, Eduardo Mallea, Ezequiel Martínez Estrada, Tomás Eloy Martínez, Victoria Ocampo, Manuel Puig, Ernesto Sábato, Osvaldo Soriano, Alfonsina Storni e María Elena Walsh.

O Tango desenvolveu-se principalmente na cidade de Buenos Aires em finais do século XIX e nos últimos anos renasceu não somente como atração turística, tendo-se tornado também mais popular no país, sobretudo a dança.

No interior do país, a música popular é o folclore, o qual compreende uma grande variedade de danças e ritmos diferentes como os seguintes: "Gato", "Chamamé", "Zamba", "Chacarera", "Malambo", etc. As festas folclóricas mais importantes do país são o Festival de Cosquín e o de Jesús María, ambos na Província de Córdoba.

Além disso, desde 1970 que o Rock and Roll marcou território na Argentina, gerando numerosos artistas do género. Outro estilo que atrai multidões na Argentina é a "cumbia", que é possível ouvir nas "bailantas".

No campo desportivo, a Argentina é reconhecida pela sua enorme paixão pelo futebol, com grandes estádios que constituem já parte das atrações turísticas mais importantes do país. Mas, apesar de o futebol se ter transformado no desporto mais popular do país, a verdade é que o desporto autóctone nacional é o "pato".

A gastronomia argentina destaca-se por um ingrediente especial em quase todos os seus pratos: a carne. As "parrillas" são os restaurantes típicos em que se serve carne grelhada e outros pratos característicos da culinária argentina. Alguns pratos típicos da Argentina são os seguintes: as carnes grelhadas, o "mate" (infusão de erva-mate), os "alfajores" (especialidade pasteleira), as "empanadas" (empadas), o "dulce de leche" (doce de leite caramelizado), o bife à milanesa, o "locro" (feijoada) e as "picadas" (entradas compostas por diversos tipos de carnes frias e queijos acompanhado de pão).

  

RELIGIÃO




Argentina é predominantemente católica romana, com 2% da população protestante e outra de 2% da população judaica. Atualmente um aumento constante de evangélicos ocorreu nas últimas décadas, principalmente devido às classes mais baixas conversão do Catolicismo. Mesmo que a população total de judeus é de 2%, Buenos Aires contém a segunda maior população de judeus nas Américas ao lado de Nova York. A Argentina também tem a maior população de muçulmanos na América Latina. Práticas católicas incorporam uma grande quantidade de sincretismo com festas religiosas nas províncias do noroeste apresentando ícones católicos com antigas cerimônias pagãs andinos.

Devido à sua herança cultural na Argentina, 78% dos Argentieneans pretensão de ser católico. No entanto, apesar desse percentual, as pessoas em sua maioria não são frequentadores regulares da igreja. Casamentos, funerais e festas mais religiosas são as razões mais comuns para ir à igreja.
Houve também uma diminuição recente na autoridade percebida na igreja em toda a Argentina, no entanto isso não levou a um aumento da secularização.

As pessoas acreditam na sua maior parte, que "não existe uma linha divisória clara entre o bem eo mal", porque "eles dependem completamente as circunstâncias." Para a maior parte, freqüentando a igreja depende de considerações ideológicas, gênero, idade, nível de escolaridade e estado (ou seja, em geral, as mulheres e os mais velhos assistem com mais frequência, onde, como de esquerda pessoas, mais educados, e os de maior um maior estado sócio-econômico comparecem com menos frequência). Cerca de 7% consideram-se secular ou não-religioso.


COMIDAS TÍPICAS

Alfajor

 


É um doce apreciado por muitos, e não falo apenas dos argentinos. Hoje em dia o Alfajor está globalizado, e não há quem recuse. Trata-se de duas ou três camadas de massa assada, com um recheio de doce de leite. Por cima, é colocado açúcar de confeiteiro (na receita original), ou chocolate, como normalmente é conhecido no Brasil. Embora o mais conhecido seja a versão industrializada, o Alfajor feito em casa também é ótimo.

Arroz Portenho




O arroz é cozido com água inicialmente, e depois terminado ao leite. Após temperado com caldo de galinha, monta-se camadas com o arroz, molho de tomate, e algumas variedades de queijo: o ralado, parmesão, e a mussarela. Varia-se dependendo do gosto ou do local onde é preparado. Você pode tentar fazer o Arroz Portenho.

Asado






É o nosso churrasco. A argentina tem uma grande tradição em churrascos, algo que compartilha com os vizinhos do Sul do Brasil, Uruguai e Chile. A versão argentina varia no sal, que é entrefino, uma entremeio entre sal grosso e o fino, e entre outros por menores. Assam Bife de Chorizo, bife ancho, costela (asado de tira), maminha (colita de cuadril), fraldinha (vacío).

Os acompanhamentos também variam. Ao invés de uma farofa e arroz, comem batata frita e legumes grelhados (parrillada de verduras). Bebem vinho, e como molho, utilizam o chimichurri e salsa criola (parecido com o vinagrete).

Carbonada





Prato tradicional não só da Argentina, mas de outros da América Latina, como Chile e Bolívia. Em uma panela, num fogão à lenha, são fervidos muitos ingredientes, como carnes (o tipo varia de receita pra receita), abóbora, milho, batata, etc, até que virem uma espécie de guisado.

Em algumas receitas também são adicionados vinho, limão, ou açúcar. Os argentinos temperam com cebola, alho, orégano, tomilho, salsa, pimentão, entre outros condimentos. 
 

Choripán




Lanche muito comum na Argentina, que consiste em um sanduíche de chouriço, geralmente temperado com chimichurri ou salsa criola. Por isso o nome, que é a junção da palavra chorizo e pan.

É comido como refeição rápida, ou às vezes, é assado. Por influência dos vizinhos, os gaúchos também o comem, mas o chamam de salsipão (salsichão + pão).

Empanadas argentinas




É um prato típico de outros diversos países: Espanha, Chile, Peru, Paraguai e Colômbia. Pode-se perceber que a empanada foi trazida pelos espanhóis, influenciando diversos países da América do Sul. Com essa massificação das empanadas, hoje ela é preparada de diversas formas dependendo da região, e pode ser feita doce ou salgada.

Podem ser assados ou fritos, e os recheios também são muitos: carne de boi, frango, milho, ou até mesmo queijo com cebola. Normalmente é muito picante e gorduroso, o que da um sabor a mais ao recheio umedecido. A
receita é muito simples, e muito saborosa.

Humitas


 


São as nossas pamonhas. Não se sabe a origem, apenas que ela já vem do período pré-hispânico. O preparo, na Argentina, varia de acordo com a região. Geralmente é feito com o milho fresco, e temperado com cebola e outras especiarias.

Pode ser adicionada à massa pedaços em cubo de queijo de cabra.

Locro



Um ensopado preparado à base de abóbora, feijão e milho. O Locro se popularizou no país, e é apreciado não só pelos habitantes mas também pela grande quantidade de turistas que chegam ao país. O prato é apreciado tanto na Argentina, como no Equador, no Peru e na Bolívia, passando pela Cordilheira dos Andes e toda faixa litoral. Aprenda a fazer esse saboroso prato .

Matambre




Um bife de corte fino, cortado entre a costela e a pele. Na o país, ele é consumido recheado, numa espécie de rocambole de carne. É usado cenouras, ovos e pimenta no preparo. Esse recheio é posto no bife, enrolando-o, ou costurando-o. Depois é cozido na água ou no leite.

Então o matambre é assado. Como acompanhamento, é servido maionese ou chimichurri.


Picada

 



Trata-se de um prato com vários ingredientes servidos em pequenas porções, e tudo junto. Podemos encontrar diversas espécies de queijo, assim como presunto, tomate, azeitona, carne, entre outros aperitivos que contribuem para formar um grande mosaico de sabores.


PONTOS TURÍSTICOS




A Argentina apresenta importantes pontos turísticos e culturais. É um dos países que se destacam no turismo sul-americano. São diversos museus, parques, teatros, monumentos históricos, galerias de arte, construções históricas e muito mais. Uma grande vantagem para quem pretende conhecer este país é que a Argentina situa-se próxima ao Brasil, além de fazer parte do Mercosul.

Principais pontos turísticos e culturais da Argentina:



- Teatro Maipo
- Teatro Colón
- Teatro Nacional Cervantes
- Praça de Maio
- Casa Rosada
- Casa da Cultura
- Palácio Barolo
- Parque 3 de fevereiro
- Centro Cultural Recoleta
- Torre dos Ingleses
- Museu Nacional de Belas Artes
- Basilica Nossa Senhora de Pilar


- Praça San Martin
- Catedral Central de Córdoba
- Quarteirão Jesuíta
- Museu Histórico da Universidade Nacional de Córdoba
- Parque Sarmiento
- Museu Superior de Belas Artes Evita
- Museu Provincial de Belas Artes Emilio Caraffa
- Museu Histórico Provincial Marquês de Sobremonte
- Museu Ibero-Americano de Artesanato
- Museu Genaro Perez
- Museo de Arte Religiosa Juan de Tejeda


- Igreja do Perpétuo Socorro
- Palácio Vassalo
- Palácio dos Leões
- Museu Municipal de Belas Artes
- Museu Municipal de Arte Decorativa
- Museu de Arte Contemporânia de Rosário (MACRO)
- Museu Provincial de Ciências Naturais
- Teatro El Circulo
- Monumento à Bandeira
- Casa Natal de Ernesto Che Guevara
- Praça San Martin
- Basílica Catedral de Nossa Senhora do Rosário
- Bairro dos Ingleses


- Teatro 1º de Maio
- Centro Cultural Casa de Espanha
- Teatro Luz e Fuerza
- Casa de Cultura
- Museu Etnográfico e Colonial
- Museu de Belas Artes Rosa Galisteo de Rodriguez
- Museu Histórico Provincial
- Museu Municipal de Artes Visuais
- Museu da Cidade
- Ponte Colgante
- Parque Palomar de Santa Fé
- Complexo Pedras Brancas

Em Mendoza

- Praça Sarmiento
- Monumento ao Exército dos Andes
- Parque General San Martín de Mendoza
- Praça das Artes
- Praça Indpendência
- Museu Municipal de Arte Moderna
- Museu da Área Fundacional
- Ruínas de São Francisco
- Zoológico
- Cerro de La Glória
- Parque Central
- Aquário Municipal
- Serpentário

Em Mar del Plata

- Villa Normandy
- Monumento ao Pescador
- Praia Bristol
- Praia de La Perla
- Monumento ao Lobo Marinho
- Torre do monge
- Praça do Milênio
- Catedral dos Santos Pedro e Cecília
- Torre Tanque
- Casa da Ponte
- Teatro Colón
- Aquário Mar del Plata
- Bosque Peralta Ramos

ASPECTOS ECONÔMICOS - ARGENTINA

PRODUÇÃO




Apesar da grave crise econômica pela qual a Argentina passou no ínicio da década, atualmente a econômia do país apresenta inflação moderada, recordes no superávit comercial e recuperação dos investimentos.

A economia Argentina é baseada principalmente na agricultura e na pecuária. A produtividade da agricultura Argentina está entre as mais altas do mundo. O país é um grande produtor e exportador de cereais, sendo o seu principal produto o trigo. A exportação de produtos derivados da pecuária, como a carne de gado e a lã, é de grande importância para a economia argentina. As técnicas de refrigeração e de processamento da carne são referências positivas do setor. A indústria pesqueira, apesar de seu potencial, não é muito explorada. Merluzas e lulas são os destaques da pesca na Argentina.

A expansão da indústria argentina ocorreu a partir dos anos 90 graças principalmente ao fortalecimento do Mercosul. Apesar de a economia permanecer centrada na produção agropecuária, atualmente a indústria argentina é responsável por aproximadamente 35% do Produto Interno Bruto (2006). As indústrias alimentícias, têxtil, química, petroquímica, de veículos, metalúrgicas e de aço são as principais no país. No fim dos anos 90 houve uma forte queda na produção industrial, prenúncio da crise do ínicio da década. O modelo econômico adotado a partir de 2002 possibilitou a volta do crescimento da indústria de forma ininterrupta.

Quanto às fontes de energia, a Argentina conta com 30 centrais hidrelétricas, 2 centrais nucleares e 62 centrais termoelétricas (combustível ou gás), que juntas formam o Sistema Interconectado Nacional (SIN).
A taxa de desemprego na Argentina alcançou 21,3% no ano de 2001, em meio à crise. Até maio de 2007 a taxa de desemprego havia caído para 9,8%. A inflação anual que em 2002 chegou a 40% caiu em 2006 para 9,8%.
O PIB (Produto Interno Bruto) da Argentina cresceu 8,5% sendo que o PIB per capita foi de US$ 15,000 (2006).

Em 2001, a Argentina decretou moratória, só retomando as negociações relativas à sua divida externa em 2004. A tendência desde então é de diminuição da divida, embora o total da mesma equivala a 55% do PIB.
A moeda oficial da Argentina é o peso ($). O tipo de câmbio é o de flutuação suja, ou seja, o Banco Central observa possíveis variações extremas e intervém, caso considere necessário. O valor do peso têm permanecido estável, sendo que em média, $ 3 (pesos) equivalem a U$ 1 (dólar).

IDH




A moeda nacional é o peso argentino. Em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina atingiu 328,4 bilhões de dólares. O país, juntamente com o Brasil, Paraguai e Uruguai, integra o Mercado Comum do Sul (Mercosul), maior bloco econômico da América do Sul. 

Entretanto, a Argentina passou por uma grande crise econômica no início desse século, embora esteja gradativamente, retomando seu crescimento e estabilidade financeira.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) argentino é de 0,775 (considerado alto), segunda maior média sul-americana, inferior apenas a do Chile (0,783). Os fatores que estão diretamente ligados a essa incidência são:


Expectativa de vida: 75 anos.Taxa de alfabetização: 97%.Saneamento ambiental: 94% das residências


ASPECTOS FÍSICOS - ARGENTINA

 Relevo da Argentina



A parte ocidental do país é limitada, do norte ao Sul, pela cordilheira dos Andes. Os Andes patagonienses, que formam uma fronteira natural entre a Argentina e o Chile, são uma das cadeias mais baixas desta cordilheira, com cimeiras que excedem raramente 3.600 m de altitude. Desde a extremidade setentrional desta cadeia até fronteira à boliviana, a parte ocidental da Argentina é ocupada principal pela cordilheira andina, que conta várias cimeiras importantes, entre as quais Aconcagua, vulcão que culmina à 6.960 m (mais elevada cimeira do continente americano) e Tupungato (6 800 m).

Várias cadeias e contrafortes paralelos dos Andes metem-se profundamente no noroeste da Argentina. Para além da cordilheira dos Andes, o outro maciço montanhoso do país é a sierra Córdoba, ao centro do país; o seu ponto culminante é o Champaquí (2 850 m).

O leste dos Andes, da fronteira do Paraguai ao río o Colorado, as planícies e as bandejas ocupam o essencial do território argentino (1 000.000 de km2).                                                                                                                          
O norte desta zona é constituído steppe semi-árido: o Chaco. Ao Sul, Pampa, imensa uma planície ervosa, cobre à ela única 20 p. 100 da superfície do país. Considerada para a sua fertilidade, protege às regiões agrícolas mais ricos da Argentina.                                                                      

Ao Sul Pampa, o Patagonie estende-se dos 670.000 Km ²; é uma zona de baixas bandejas, árida e caillouteuse.                                                     
Principais os cursos de água argentinos são o Paraná, que atravessa a região centro-do norte do país; o río Uruguai, o río Paraguai, que é o principal afluente do río Paraná; e o río do Plata, um grande estuário formado pela confluência do Paraná e o Uruguai.

Vegetação


 

No Chaco, a paisagem mais constante é parecida com a do cerrado brasileiro, coberta de gramíneas e palmeiras esparsas. Destaca-se na parte mais chuvosa ou junto aos rios a ocorrência de quebracho, o principal item da exploração florestal do país, e outras madeiras úteis, como lapacho e urundaí. Áreas desérticas e semidesérticas encontram-se nos Andes, na Patagônia extra-andina e a sudoeste do Chaco. Paraíso das gramíneas, a região dos Pampas quase não tem árvores. No leste mais seco, chega a abrigar plantas especialmente adaptadas à aridez, compondo às vezes um matagal arbustivo intermitente.

O clima da Argentina varia de região a região, cujos principais tipos climáticos são: de montanha a noroeste, sudoeste e oeste; árido tropical a nordeste; árido frio a sudeste, temperado continental ao sul; tropical ao norte; e subpolar no extremo sul.

Grande parte do território argentino está situado na zona temperada do hemisfério sul. Verificam-se no país climas tropicais e subtropicais, áridos e frios, com combinações e contrastes diversos, resultantes das variações de altitude e outros fatores. Em quase todas as regiões da Argentina registram-se nevadas ocasionais, exceto no extremo norte, onde predomina um clima tropical. Nessa mesma área, os dias são quentes de outubro a março e frios e secos de abril a setembro.

Mais amenos são os índices predominantes no Pampa, úmido e fresco em sua parte oriental, nas províncias de Buenos Aires e La Pampa. Os verões, embora intensos, em Mar del Plata não ultrapassam uma média superior a 21°C. Mais seco para o lado do oeste e Mendoza, o clima do Pampa, nessa faixa, tem suas chuvas de verão rapidamente evaporadas.

Nas proximidades da cordilheira dos Andes, de noroeste até a serra do Payén, na província de Mendoza, verifica-se freqüente alternância de climas árido e semi-árido, este com maior expressão nos pontos mais altos da própria cordilheira. De quatro mil metros para cima, as precipitações são escassas e as temperaturas muito baixas, entre neves eternas. Na parte meridional dos Andes as chuvas são bastante favorecidas pelos ventos úmidos do Pacífico, que vencem a barreira descomunal e chegam às províncias do sul. As condições de umidade e temperatura levam à formação de geleiras.

De um modo geral, a Patagônia é de clima seco e frio, com fortes e constantes ventos soprados do oeste. Mais ao sul, na Terra do Fogo, os ventos são ainda mais fortes, a chuva e a neve, quase permanentes, e a temperatura cai a níveis muito baixos.

Clima



clima temperado, geralmente varia de subtropical no norte, até subpolar no extremo sul. O norte, é caracterizado por verões quentes e úmidos, com invernos secos leves, e está sujeito a secas periódicas. O centro da Argentina tem verões quentes com trovoadas (oeste da Argentina produz alguns dos maiores granizos do mundo) e invernos frios.

Nas regiões do sul, os verões são mornos e invernos frios com fortes nevoadas, especialmente nas zonas montanhosas. As altitudes mais elevadas em todas as latitudes tornam as condições climáticas mais frias.

Entre as principais correntes de vento incluem o frio vento pampero, que sopra sobre as planícies da Patagônia e dos Pampas, seguindo a frente fria, sopra correntes quentes do norte no inverno médio e tardio, criando condições brandas. O Zonda, um vento quente e seco , afeta o centro-oeste da Argentina. Espremido de umidade durante os 6.000 m de descida dos Andes, o vento Zonda pode soprar por horas, com rajadas até 120 km/h, alimentando incêndios, causando danos, quando sopra o Zonda (junho-novembro), tempestades de neve e nevascas (viento blanco). As condições geralmente afetam altitudes mais elevadas.

O Sudeste poderia ser considerado semelhante ao noroeste apesar de a queda de neve ser rara, mas não sem precedentes. Ambos estão associados a um profundo sistema de baixa pressão baixa no inverno. O sudestada geralmente tem moderadas temperaturas baixas, mas traz chuvas muito fortes, mar agitado e inundações costeiras. É mais comum no final do outono e inverno ao longo da costa central e no estuário do Río de la Plata.

Hidrografia da Argentina


 

A riqueza hidrológica da Argentina é excepcional, não só abrange as chamadas "águas de superfície" rios, lagos, lagoas e estuários, mas também campos de gelo e águas subterrâneas. Além disso, a maioria dos rios é navegável e também representam uma importante fonte de energia.

Cuenca del Plata:

Esta bacia, a mais importante da Argentina pertence a  rios cuja nascente se encontra fora do território nacional e, ao mesmo tempo, representam um canal para a Argentina, Paraguai e Brasil. Além disso, a Bacia da  Prata coleta a água dos rios que descem da Puna, o Sistema Subandino, Precordillera e andando pelas planícies do Pampa e Chaco e toda a Mesopotâmia.

Os principais rios que compõem a bacia são:

Rio Paraná: Nascido no Brasil. Sua seção argentina começa na foz do rio Iguaçu. O Paraná é navegável por barcos para Santa Fé no exterior. No entanto, um projeto de 24 pés (pouco mais de 7m) não pode ir além de Rosário. De Santa Fé de Correntes é navegável por navios de até sete pés (pouco mais de 2 m) e de Correntes para Iguaçú, para projetos de embarcações que não excedam 4 pés (1,20 m).

Rio Uruguai: Nascido no Brasil. A seção argentina atinge 1170 km. Apenas navegável desde sua foz até Concórdia.

Rio Da Plata: Estende-se a partir da junção do Paraná e Uruguai a uma linha imaginária que une Cabo San Antonio (Argentina) a Punta del Este (Uruguai). Seu comprimento é de 275 km e seu estuário ocupa uma área de 35.000 km2. No auge da Colônia (Uruguai), largura de 40 km e entre as extremidades de sua boca, a 200 km.

Rio Paraguai: A seção argentina é ladeira breve e suave. Da foz à cidade de Assunção é navegável por barcos de sete pés projetados (2,10 m).

Rio Carcarañá: não é navegável.

Rio Iguaçú: De grande importância para o seu potencial hidrelétrico.

Rio Preto: O rio mais importante da Patagônia. Anda o planalto formando um vale estreito, cuja largura média é cerca de 15 km.

Rio Chubut: Nascido nos Andes. Na sua confluência com o rio Chico beneficia as cidades localizadas ao longo de seu curso.